Sunday 7 October 2007

Para quem me quiser enviar coisas...

...o Henrique vem cá no final do mês, portanto toca a dar-lhe o material.

Wednesday 19 September 2007

bolhas? bleca!

óoooo miguel...não sei se me parece adequado esse tipo de partilhas..
gostei mais do poema das cerejas! que-se dzer...bleca, né..
partilha antes as tuas artes culinárias :D
isso é que eu gostava de ver!!
povo..participem!afinal é o blog da turma!!!!!

Monday 17 September 2007

Mais uma novidade em biologia pedicular

Os meus pés sempre foram algo curiosos, e em mais de uma ocasião providenciaram novas descobertas científicas para a humanidade. A minha tendência para desenvolver bolhas quando ando um bocado mais é notória, assim como a propensão para o surgimento de variadas colónias de fungos.

Alguns fenómenos são um bocado mais estranhos e específicos, tais como o destilar de ácido da planta dos pés quando calço um par de sandálias em concreto que eu tenho, o o cheiro quando uso meias de fibra, mas esta nunca tinha visto: uma bolha a crescer em cima de outra bolha.

Interessados em fotografias mandem-me um e-mail.

Thursday 6 September 2007

Faz hoje precisamente um mês...

...desde que aqui cheguei e ainda nenhum de vós se dignou a mandar sequer uma encomenda com um bacalhau e um par de chouriços. Francamente...

Wednesday 8 August 2007

Cabrões dos tipos da US Airways

Então não é que eles se enganaram e enviaram-me antes para o Brasil? É que pelo calor (entre o muito e o insuportável) e a humidade (algures entre o molhado e o ridículo, com doses de aguaceiro tropical à mistura) só pode ser mesmo isso.

Acho que nunca suei tanto na minha vida, e o maior exercício que fiz até agora foi ir às compras (isto de uma residência no cu de judas tem muito que se lhe diga).

Tuesday 31 July 2007

Títulos (de valores não-mobiliários)

Sempre me pareceu um bocado ridícula a obsessão que os portugueses têm com o título das pessoas mas ultimamente parece que a coisa tem tomado proporções ridículas (ou será por andar a lidar mais com bancos? os bancos sempre gostaram muito dessas coisas...).

Recebi em casa um novo cartão multibanco, dirigido ao "Dr." Miguel Valença Pires e com esse nome no cartão. Apesar de eu não querer por maneira alguma ter alguma espécie de título no cartão os tipos do banco rapidamente se aperceberam do erro (do erro errado, mas enfim...) e enviaram-me poucos dias depois um cartão igualzinho, da mesma conta, dirigido ao Eng. Miguel Valença Pires. Agora, eu vou manter o cartão a dizer Dr. (assim sempre tenho a desculpa que a caganzie é do banco, não minha) mas estive a pensar no assunto e cheguei à conclusão que, já que tenho que ter algum título, que tenha um com algum valor cómico. Sendo assim, vou pedir ao banco que altere o título no meu próximo cartão. Ainda pensei em algo do género "Excelentíssimo" ou "Meretíssimo", ou mesmo algo mais nobre como "Dom", mas decidi-me antes por um título que expresse melhor a minha magnanimidade. Estou indeciso entre "Grande Timoneiro Miguel Valença Pires" (em homenagem ao Mao Tse-Tung) ou "Querido Líder Miguel Valença Pires" (a Coreia do Norte sempre me fascinou). Alguma sugestão?

Sunday 15 July 2007

Trans-for-mers

(Dito assim mesmo, dessa forma, com espaçamento entre as sílabas e um tom metálico)



Fui hoje ver os Transformers (eu bem queria ver antes o Die Hard 4.qualquer coisa mas lá me convenceram...) e não posso dizer que me tenha arrependido nada (mesmo sendo um filme do Michael Bay) mas eu juro que não me recordava nada de os Transformers serem assim - não sei se aquela história do cubo é nova ou não mas os robôs tinham um aspecto bastante mais agressivo do que quando eu era míudo (com garras, etc.).

Um pormenor interessante é que, num filme tecnicamente tão complicado de realizar (aquelas cenas de lutas entre robôs não devem ter sido fáceis de fazer) e com resultados tão eficazes a esse nível (os efeitos especiais são espectaculares, ultra-realistas) tenham deixado escapar tantas falhas graves no argumento. Passar-se em poucos segundos do dia para a noite (na mesma cena) ainda é tolerável (se bem que à terceira vez já parece desleixo) mas aquela toada genial do "temos aqui um objecto que é altamente desejado por um grupo de robôs alienígenas que vão destruir tudo o que lhes apareça à frente até o recuperarem. O que é que vamos fazer com ele? Levá-lo para uma cidade densamente povoada por civis inocentes, claro está!" já me parece esticanço a mais. Se queriam mesmo filmar lutas de andróides gigantes no meio de arranha-céus não arranjavam nenhuma história melhor? Para isso faziam como os japoneses nos filmes do Godzilla, metiam a cena de porrada e pronto, estava o filme feito.

Thursday 21 June 2007

O poema que me esvaziou emocionalmente - depois deste não consegui escrever mais nenhum

Cerejas


Começo a ver morangos, fico logo ansioso.

Chegando a Maio, fico todo nervoso.

Pareço um miúdo irrequieto a viajar de carro:

“Será que as cerejas ainda estão muito ao largo?”


Quando finalmente aparecem, não consigo resistir.

Como-as umas atrás das outras, sem remorsos

Um caixote em minha casa não dura muito

Pareço uma máquina de cuspir caroços.


Raridade entre as frutas, parece que quanto maior melhor.

Grandes, escuras e carnudas é o que a gente quer.


Eu sei que o que é bom dura pouco,

Mas a sua passagem parece-me demasiado passageira.

Um mesito e meio e acabou-se, adeus, até para o ano.

Como recordação, apenas uma tremenda caganeira.


Não gosto particularmente de as ver processadas,

Em chocolate, iogurte, chá, rebuçado.

A cereja em cima do bolo para mim não é a cereja em cima do bolo.

Não se faz em calda algo tão delicado.


E ainda têm a desfaçatez de me vir perguntar se eu não gosto de cerejas!

Gosto, pois! Por isso é que as respeito!


Por causa de uma maçã foi o Homem expulso do paraíso

Mas a cereja é o único fruto que merece tal sacrifício.

Sunday 10 June 2007

'A' Turma!


a prometida foto ;) algures no 7ºano...

Thursday 7 June 2007

Chegou aquela altura do ano outra vez



A altura da fruta a todas as refeições (do pequeno-almoço à ceia).
A altura das cuspidelas de caroços másculas.
A altura das cagadelas monstras mas compensadoras.

Chegou a altura das cerejas!

É aproveitar enquanto dura, malta, daqui a um mês já não há nada.

Saturday 2 June 2007

Quando for grande quero ter uma casinha destas

(destas, aqui)

Principais características:
27 andares (173 metros)
6 andares de garagem
2 andares de ginásio
600 empregados a tempo inteiro (para uma família de 6 pessoas)
Área total superior a Versailles
0% de bom gosto

Monday 28 May 2007

London Calling

Para uns é uma cidade grega que nos chama, para outros é Chicago, Tóquio.., são muitas as cidades que nos cativam, fazem sonhar e que nos deixam acordados noite após noite a fazer planos.

Para mim já foi Gutemburgo, Paris, Tóquio, N.Y. e tantas outras. Mas acredito que ainda vão ser mais as cidades onde vou querer viver do que as cidades onde já quis.

Para estes rapazes foi Londres, e no tempo deles quem não quereria ir para a capital da revolução artística mundial?

Sunday 27 May 2007

Para os meus muitos fãs, que já estavam com saudades

Pescada


És-me indiferente, pescada.

Não me aqueces nem me arrefeces.

Gosto de ti em douradinhos

Mas não te como em filetes.


Nem sequer aprecio particularmente

A ironia do teu nome.


És saudável, essa concedo-te.

E pode-se até dizer que fazes

Boa companhia ao belo do brócolo,

Mas, via de regra, sendo cozida

O teu sabor é largamente inóquo.


Dos peixes às postas és melhor que muitos

Que o pargo, a maruca, até o peixe-espada,

Não chegas, contudo, aos pés do salmão

Do cherne ou de uma boa garoupa assada.


É verdade que a culpa não é tua

De seres por vezes no Chile congelada

Vida de peixe é fria, profunda e dura

E a Pescanova consegue ser tramada.

Monday 21 May 2007

Leitura do livro do Génesis

"E Deus arrancou uma costela a Adão, criando com ela a Mulher. Adão ainda estrebuchou um bocadinho, porque aquilo ainda há de ter doído, mas rapidamente se calou quando se apercebeu que a dor causada por uma costelectomia a sangue-frio, seguida de infecção pós-operatória, não é nada comparada com o sofrimento que uma mulher pode causar."

Palavra do senhor (Miguel)

Sunday 20 May 2007

3 conselhos para o David Lynch

(1) Quando estiveres a escrever aegumentos para filmes (e no resto das ocasiões em geral) tenta usar menos drogas alucinogénicas. Eu acredito que para ti nquela altura as coisas até podem fazer sentido mas o resto do pessoal fica assim um bocadinho à nora (tipo não perceber porque raio é que aparece uma família de coelhos no meio do filme ou um lenhador a serrar um tronco no meio de uma cena de dança) - nem toda a gente consegue acompanhar o teu ritmo de ingestão de ácidos.

(2) As câmaras mais recentes têm uma funcionalidade interessante chamada "zoom". Basicamente isso permite-te não teres que estar sempre a fazer close-ups da cara das pessoas quando elas falam, e quiçá mostrar até um bocadinho de ombros de vez em quando. Acredita, não é preciso ser capaz de contar os poros no nariz de um dado actor ou actriz para se conseguir apanhar o sentido de uma cena (quando ele existe, o que admitidamente é raro).

(3) Quando o pessoal começa a adormecer em massa no meio de uma sala de cinema costuma ser sinal que o filme é um bocadinho demasiado longo e/ou secante.


David, apesar de tudo não quero que desanimes. Este teu último filme, "Inland Empire", chega a ter uns bons quinze minutos, perto do início, em que parece que o filme vai ter história. É verdade que oara um filme de três horas seria expectável um pouco mais mas mesmo assim tendo em conta alguns filmes anteriores já é um progresso.

Friday 18 May 2007

A banalização do "abraço" escrito

Hoje (após umas trocas de e-mail para a frente e para trás) cheguei a uma conclusão interessante: a banalização do terminar das mensagens com a palavra "abraço" é impressionante. É possível ver trocas de e-mails entre pessoas a desejar abraços a pessoas a quem dificilmente dariam sequer um passou-bem. Já viram o que seria se, após uma reunião com uma pessoa do cliente com a qual se tem mais alguma familiaridade, as pessoas se despedissem com um abraço verdadeiro e físico, fazendo assim jus ao que prometeram no conforto do distanciamento trazido pela palavra escrita?
Não se poderá considerar não o fazer como uma quebra de palavra?

Reflictam nisso, se faz favor.
Beijos,

Miguel

Sugestão:

E se jantassemos perto do Castelo de S. Jorge?

Wednesday 16 May 2007

Jantarucho

Ok, finalmente a dar uso ao blog para o que ele foi criado:

Ao que parece, o próximo jantar vai ser dia 26 de Maio em casa da Sandra. Mais detalhes ir-se-ão seguir.

Beijinhos/abraços.

Monday 7 May 2007

Uma pergunta para as mulheres

(Ok, eu sei que por enquanto só a Mariana é que está registada mas enfim...)

Dizer a uma mulher algo do género "Estás mais magra" pode ser considerado um elogio ou é uma ofensa punível com a pena de morte ou algo pior?

Thursday 3 May 2007

Ministério da Saúde: a pôr pessoas doentes desde 1900 e troca o passo

Na minha cruzada cibernética contra as burocracias ridículas dos serviços do Estado chegou a minha vez de desancar no Ministério da Doença.

Fui hoje tentar fazer umas análises ao sangue a um laboratório perto de minha casa, só para descobrir que aquelas análises, pelo regime privado, custavam à volta de 300 euros. Comparticipadas pelo Estado as análises seriam qualquer coisa como 5 euros. O único problema é que não aceitavam a receita que eu tinha porque supostamente vinha "do privado" (mesmo apesar do meu médico ser também chefe de serviço num hospital do Estado). Ao que parece a única maneira do Estado pagar as análises é se elas forem receitadas pelo ilusório "médico de família" do Centro de Saúde (um conceito ilusório dada a sua quase total inexistência) - não podia ser qualquer médico do Centro de Saúde, tinha de ser esse tal (se por acaso tivesse tido algum acidente e estivesse em casa de baixa só posso presumir que as minhas análises teriam de esperar).

Ainda tentei ir ao centro de saúde à caça desse tal de "médico de família" mas já passavam das 8 horas quando lá cheguei e portanto tinha naturalmente mais de 60 pessoas à minha frente. Na senda da minha identificação dos problemas operacionais graves no Estado (lá está o consultor em mim outra vez...) só posso imaginar a quantidade de pessoas que estariam ali a perder tempo seu (dias inteiros) e a gastar tempo aos médicos (que nem sequer os iriam ver a sério) só para pedir novas receitas de medicamentos, análises e tratamentos para coisas que já tinham sido pedidas por outros médicos (aparentemente menos dignos que os seus colegas).

O Estado julga que assim poupa dinheiro está muito enganado (eu obviamente não posso esperar uma vez que o curso acaba em 2009 e antes disso não devo conseguir consulta no "médico de família") - vou apanhar as vacinas todas a que tiver direito e mais algumas (as análises eram para ver que anti-corpos é que ainda tinha) e se ficar de cama uma semana com 40º de febre devido à dose cavalar que apanhei a empresa que peça o dinheiro à Segurança Social.

P.S.-e isto depois de termos sido roubados escandalosamente no quiz ontem à noite!

Wednesday 2 May 2007

Depois de alguns dias bem passados em terras de sua majestade, el rey D. Juan Carlos, lembrei-me do meu regresso aquando o exílio (nada) forçado no belo reino da Suécia e das saudades que tinha do que é genuinamente portugués.

Sem qualquer ordem pré-definida senti falta de tantas coisas como: da música pimba, de pasteis de bacalhau, do pão com chouriço às 5 da manhã, da calçada portuguesa, do meu popó, do estádio de Alvalade, das saídas com os amigos, da luz de Lisboa, das diferentes pronúncias do português e de tantas outras coisas.

Da primeira vez que estive em Tomar voltei a ouvir a mítica estação "ABC Ferreira do Zêzere", e esta foi a primeira música portuguesa que passaram:



(Aos grandes animadores daquela que já se tornou uma estação de referência da música ligeira portuguesa, o meu MUITO OBRIGADO).

Tuesday 1 May 2007

O Simplex e a desburocratização da Admnistração Pública

Ao contrário da maioria dos assuntos hoje em dia, e vá-se lá saber porquê, os assuntos relacionados com o Registo Predial do Ministério da Justiça (ou pelo menos alguns dos assuntos) não podem ser tratados na Loja do Cidadão, tendo as pessoas de se deslocarem pessoalmente às Conservatórias do Registo Predial, onde é prontamente violada com as comissões cobradas e os prazos de entrega (ou não-entrega...) impostos.

Até aí tudo bem (ou mais ou menos). Na cidade de Lisboa existem segundo o site do MJ, 9 conservatórias do Registo Predial. Para ficar mais próximo do cidadão, dirão vocês.

http://www.dgrn.mj.pt/db_pred/endpred5.asp

Após uma breve consulta do site não é difícil concluir que 8 dessas conservatórias se encontram localizadas no mesmo prédio, mas com uma pequena particularidade: estão localizadas em andares diferentes e têm números de telefone diferentes. Só consigo imaginar o ar de indignação se uma pessoa por lapso se deslocar ao 4º Esquerdo em vez do 2º Direito.

P.S. - para quem tiver curiosidade, a 9ª conservatória encontra-se apenas a uns metros de distância.

Sunday 29 April 2007

A pior profissão para se ter num filme




AVISO: contém spoiler

Acabei de ver um filme francês bastante recente baseado nas personagens de banda desenhada "Tanguy e Laverdure", dois pilotos da Força Aérea Françesa (que neste filme têm outros nomes ). O filme é bastante interessante e compete com a maioria dos filmes de Hollywood em termos de qualidade de produção (uma espécie de "Top Gun" francês mas sem a música e menos falhas no argumento) mas vá-se lá saber porquê não teve projecção nenhuma em Portugal (a própria BD tem muito pouca).

A meio do filme apercebi-me de uma combinação fatal que se estava a formar para um tipo de lá: personagem secundária (bom da fita, conhecido pela alcunha) + filme de guerra + participação na missão principal do filme (a fazer companhia aos dois heróis). "Pronto, este tipo não acaba o filme sem levar com um míssil pelo escape acima", pensei eu. Naturalmente o gajo acabou por quinar (se bem que não da forma que eu estava a prever).

Eu até gosto deste tipo de filmes mas às vezes conseguem ser tão previsíveis...

P.S. - naturalmente que este tipo de pormenores só poderão ser detectados por um olho altamente treinado como o meu mas uma das personagens principais femininas sofria de um ligeiro estrabismo e portanto nunca poderia chegar a piloto de caças como se faz passar no filme. Mas isso são outras histórias.

Wednesday 25 April 2007

A pedido de várias famílias

Aonde foste tu, strogonoff de perú?
Que foi feito de ti, que eu não te vi?

Por ti não fiz eu caril
Deixei até passar uma oportunidade
De cozinhar a minha famosa bomba gástrica.
Como me desiludiste!

Deixaste-te enganar por um mero chouriço
Um tabuleiro de queijos foi mais forte que tu
Como te deixaste derrotar por leite coalhado?

Por incrível que pareça
Comemos um doce sem ti.
Deixaste-te entalar
Entre as entradas e a sobremesa.
Como pudeste ser tão ingénuo?

Ainda não foi desta que comprovámos
A proeza gastronómica do Tiago.

Tuesday 24 April 2007

Viva!

Não tenho tuberculose!

Monday 23 April 2007

Ervilhas, fruto do demo

Ervilhas, como eu vos odeio!

Sois porventura a mais vil de todas as leguminosas.

Até o grão, com a sua textura farinhenta,

É mais tragável, quando em doses moderadas.

Conseguem a infâmia, por incrível que pareça

De ser mais abjectas que as lentilhas.


Há mesmo quem diga

Que só deram origem à genética moderna

Porque o pobre Monge Mendel tentava em vão

Encontrar em vós alguma coisa apologética.


Como é possível que alguém diga

Que sois aparentada do nobre e poderoso feijão?

O feijão não tenta dominar como uma urtiga

Todos os pratos cuja sua presença honra com o paladar

Não tem uma coloração doentia

Nem me dá vontade de vomitar.


Há muitos pratos que, com algum esforço,

Uma pessoa, mesmo não gostando,

Consegue, quando convidado, comer por educação.

Vós, no entanto, fugis a essa regra

Não vos comeria nem num banquete

Dado em minha honra pelo Rei do Butão.

Sunday 22 April 2007

Jantares

Os últimos jantares foram engraçados, pena foi alguém ter consumido mais alcool numa noite que um pequeno país (como a Espanha) numa semana...



Seja como for estava tudo bastante animado:


Em grande conta, foram os shots de vodka com chocolate os grandes responsáveis pela animação:

E aqui estão apenas algumas das muitas dezenas de raparigas que entusiasticamente aplaudiram de pé quando souberam que os jantares tornar-se-ão recorrentes:

O próximo encontro terá como temática o "nudismo presente no cinema" e será obrigatório o uso (ou não) de roupa apropriada da personagem que reencarnarem.

Saturday 21 April 2007

Ode ao camarão

Oh, divino fruto dos mares!
Abençoada seja a tua carne.
Dás a tua nobre vida
Para que outros tenham o prazer de te manjar.

Outros, como a lagosta, serão porventura mais caros.
Terão até o privilégio de viverem mais tempo, num aquário,
Mas cozer-te vivo seria um destino demasiado cruel
Para algo tão saboroso.

Durante mais de 20 anos reneguei-te.
Contentava-me com a carne de animais terrestres
Enquanto outros se deleitavam contigo.
Ai, o que eu perdi!...


Comer-te é uma experiência para todos os sentidos.

Arrancar-te as patas e descascar o teu corpo quente
É porventura a mais táctil de qualquer experiência gastronómica.
Quando te congelam descascado ou fazem em rissóis
É como se perdesses metade da piada.

Comer camarão e chegar ao fim com as mãos limpas
Não é comer camarão.

A tua textura rija intensifica a degustação.
Quando hereges do marisco te decidem panar
Transformando o teu toque estaladiço em moleza informe
Fico com vontade de matar.

O teu sabor suculento,
Grelhado ou frito com picante
(Até cozido, por estranho que isso pareça)
Entranha-se-me na boca até à próxima refeição.

Queria continuar a louvar-te as qualidades
Mas já não tenho mais tempo nem imaginação
Portanto deixo-te apenas com um breve:
Bem Hajas Camarão!

Friday 20 April 2007

Classificados

Oferece-se: 4 lenços de papel repletos do mais puro ranho fresco (colhido durante a tarde de hoje). Cor: amarelo (ranho), branco (lenços). Possibilidade da existência de mais lenços até ao final do dia de hoje / manhã de amanhã (esperemos que fique por aí).

Motivo: constipação.


Para mais informações responder ao post #9 deste blog.

Estereótipos na Venda Nova

Hoje tive que ir a uma coisa chamada Centro de Diagnóstico Pneumológico na Venda Nova (para comprovar que não tenho tuberculose, por causa da Universidade) e descobri algo que eu julgava que já não existisse, um verdadeiro estereótipo da Admnistração Pública em Portugal. Se estivesse lá uma câmara da SIC a filmar eu julgaria que estava na gravação de um episódio dos "Malucos do Riso".

O centro está localizado numa "vivenda" (que também poderia ser chamado de barracão) na Venda Nova (porque é que aquilo não podia estar integrado no Centro de Saúde é algo que eu me interrogo) e a última coisa parecida com uma redecoração que aquilo viu deve ter sido na altura em que o pessoal ia lá fazer os testes antes de ser mandado combater para o Ultramar.

A análise seguinte é o meu espírito de cidadão preocupado a vir ao de cima, não o espírito de consultor.

O corpo clínico daquilo era constituído por (pelo menos) 3 médicos, uma enfermeira e um técnico de radiologia, para um público que, a avaliar pela sala de espera, não era muito numeroso. Para apoiar havia um segurança (até aí tudo normal) e 4 (quatro!) pessoas a trabalhar atrás de uma recepção que estava forrada a dossiers grandes e velhos e onde havia apenas dois computadores arrumados a um canto (um deles estava tapado para não apanhar pó, o outro estava ligado mas não estava a ser utilizado). Naturalmente, em cada instante das quatro funcionárias apenas 1 ou 2 estava a fazer alguma coisa num dado instante (não que houvesse muito para elas fazerem, apesar da lentidão com que o faziam permitir ocasionalmente o acumular de pessoas na sala de espera).

Cheguei ao guichet para ser atendido e, sem ninguém sequer verificar o meu cartão de saúde ou colocarem o meu registo no computador, escreveram o meu nome e morada num cartão e deram-mo. Após meia hora de espera (durante a qual a enfermeira atendeu apenas uma paciente) finalmente entrei. Dos dez minutos que estive lá dentro cerca de 5 foram passados com a única enfermeira de serviço a transcrever informação do meu boletim de vacinas para o cartãozinho (algo que podia muito bem ter sido feito por uma das admnistrativas de serviço no tempo que eu estive à espera, dada a escassez relativa dos recursos de enfermagem e o baixo grau de sofisticação técnica da tarefa). Após a injecção o cartão que me deram foi guardado numa pasta de plástico com um autocolante a dizer "diagnóstico" dentro de um dossier que estava no gabinete da enfermaria (não havendo, desta forma, nenhum registo da minha passagem pelo CDP).

O Ministério da Saúde precisa desesperadamente de uma melhoria global ao nível da organização e processos...

Thursday 19 April 2007

Vítimas do nosso próprio sucesso

O domínio avassalador tem destas coisas - depois do espectáculo que os Anomalia Excêntrica deram a semana passada no quiz do bar do Teatro "A Barraca" parece que o bar decidiu não abrir esta semana. Tal facto defraudou-nos do pleno usufruto do nosso magnífico prémio (20€ em bebida ainda dava para muito, 2 imperiais a cada um - para quem já viu o efeito que uma simples mini tem no Lemmings sabe que isso dava para uma noite muito bem passada). Pior, não pudémos ir defender o nosso título com a tranquilidade e modéstia que se impunha, para desespero de milhares de fãs do sexo feminino (todas solteiras e bem-parecidas, por sinal) que se preparavam para fazer um cordão humano da Casal Ribeiro até Santos.

P.S. - quando é que o resto da malta começa a postar no blog? Não posso ser sempre eu a fazer as honras à casa...

Friday 13 April 2007

Tá sobrando para mim...

Hoje recebi (ou foi-me re-encaminhado...) um e-mail de um sócio que dizia mais ou menos isto: "Vamos começar um projecto para o cliente X no início da próxima semana. Tenta lá descobrir
o que é que os gajos fazem e depois diz-me qualquer coisa ontem."

É sempre bom reparar no grau de envolvimento do pessoal mais sénior...

Thursday 12 April 2007

The sweet taste of victory

Ontem fui pela primeira vez com o Lemmings e outros 3 amigos meus (dois do Técnico e um da McKinsey) a um quiz-show no bar do Teatro A Barraca. Para quem não sabe o que isso é, aquilo é basicamente um concurso de perguntas e respostas sobre cultura geral regado a álcool.

Eu não me quero vangloriar, que não fica bem, mas vou fazê-lo à mesma: GANHÁMOS AQUILO. Apesar de sermos uma equipa estreante, do papel com as nossas respostas ter mais cerveja que tinta e da maneira como fomos escandalosamente roubados pelo árbitro :) ficámos à frente da competição, contra todas as expectativas.

O prémio? Glória eterna e 20 euros de consumo no bar (que, a dividir por 5, dá duas cervejas a cada um). Parece que agora os Anomalia Excêntrica são "the team to beat" - os meus parabéns a todos, a equipa funcionou como uma máquina bem oleada.


P.S. - peço desculpa por este post não ter um grande conteúdo cómico mas era impossível conciliar isso com a vasta quantidade de self-gloss.

Tuesday 10 April 2007

A night at the Opera

Ontem pela primeira vez na vida fui assistir a uma ópera, se bem que de uma maneira um bocado estranha: uns minutos antes das 8 telefona-me uma amiga minha a perguntar se eu estava no escritório - um amigo dela tinha bilhetes para a ópera (que começava às 8 - que raio de hora...) e não podia ir. Metemo-nos num táxi rapidamente e lá fomos nós a caminho do São Carlos.

Estava com um receio enorme de não perceber nada do que se estava a passar (agravado pelo facto de ter entrado um quarto de hora atrasado) mas felizmente aquilo tem legendas - um placard com uns LEDs verdes vai passando o que as personagens estão a cantar numa lingua estrangeira qualquer (no caso, o italiano). Nem todo o texto é traduzido mas o essencial para se acompanhar a história, e as legendas estão razoavelmente sincronizadas com os berros da malta.

A ópera chamava-se Motezuma e tinha sido escrita por Vivaldi. Esta era a primeira interpretação nos tempos modernos, o que eu julgava podia ser sinal de que os antigos tinham percebido logo na altura que aquilo não valia grande coisa (na verdade foi algum idiota que perdeu a partitura, que só foi re-encontrada em Kiev em 2001).
O assunto era as invasões espanholas do México e não vou adiantar muitos pormenores da história, não vão querer ir ver (duvido é que arranjem bilhetes) mas posso só revelar que a trama tem mais reviravoltas que uma telenovela venezuelana (ou, no caso, mexicana). Das 6 personagens principais 4 eram homens mas só uma era interpretada por um cantor masculino.

Globalmente a noite foi muito positiva - gostei bastante do espectáculo, não tanto pela parte musical (acho que ouvir aquilo na aparelhagem, sem qualquer "suporte visual", não era para mim) mas mais pela parte da história (bastante interessante) e pelo dramatismo. Acho que era capaz de fazer aquilo mais vezes, não fossem os bilhetes para o São Carlos tão caros e difíceis de arranjar (aqueles foram de borla mas o preço que estava no bilhete, que era de assinatura, era 20 euros - até aí ainda compensa mas mais do que isso já começa a ser esticado).

Se alguém quiser ir um dia podemos combinar e alugar um camarote que sai mais barato. Não garanto que valha a pena mas eu pelo menos diverti-me.

P.S. - para os interessados o bar do São Carlos serve umas sandes bastante boas (e caras) e o ambiente no intervalo não é tão... homogéneo... como se possa pensar.

Citação do dia

"Isto o truque de um gajo fazer modelos é fazer uma coisa suficientemente simples para se poder explicar e suficientemente complexa para que ninguém perceba".

Autor não identificado (não, não fui eu).

Monday 9 April 2007

Não há condições de trabalho!

Sinceramente nunca pensei dizer isto mas hoje, devido a problemas de saúde sérios de um colega meu de gabinete, não tenho condições para trabalhar (daí estar aqui a postar em vez de fazer algo produtivo).

O problema dele? Flatulência. Acreditem ou não, não se consegue estar dentro da sala quando ele se decide "aliviar"... A sala tem uns 30 metros quadrados e mesmo depois de eu ter enchido isto tudo de Brise (uma lata de lavanda, outra de pinho) que fui roubar às casas de banho ainda cheira em TODA a sala (o gajo peida-se a um canto e cheira junto à porta).

Eu sinceramente não queria começar o blog com um post destes mas parece que uma doninha trepou pelo rabo do gajo acima e morreu lá dentro. Mais uma bufa e eu pego no portátil e vou trabalhar para o Atrium.

Sunday 8 April 2007

Aí está ele!

É verdade malta! Após muita procrastinação aqui está o prometido blog da turma C (mesmo quando se celebram os 10 anos da grande viagem a Paris... ah, que saudades). Escrevam o que vos der na republicana gana (naturalmente sem dizer disparates do género "ah e tal, o Benfica vai ganhar o campeonato") e expressem livremente toda a vossa admiração por me conhecerem (não é todas as encarnações que se tem tal privilégio).


Quanto a mim, que mais posso dizer senão "bring it on"? (refiro-me naturalmente ao jogo dos Los Coxos contra os coxos).